segunda-feira, 2 de novembro de 2009

3 comentários:

  1. É aquele que nos conhece melhor
    do que nós mesmos,
    ainda que o espelho
    mostre a verdadeira face,
    quando cegos não nos enxergamos.

    É aquele que nos diz a verdade,
    ainda que doa dentro de nós,
    porque muitas vezes não queremos
    ver aquilo que está latente
    e presente à nossa frente.

    Amigo é aquele que chora junto
    com a gente,
    que empresta a borda da camisa para enxugarmos o nariz,
    que abre o guarda-chuva
    nas tempestades
    e nos abriga com fé e ternura.

    Amigo é aquele que nos mostra saídas,
    que consegue captar do problema,
    algo que nos escapou,
    que sabe nos dizer onde acertamos
    e porque erramos,
    sugere caminhos e
    fica torcendo por nós.

    Amigo ainda é aquele
    que faz palhaçada
    só pra ver aflorar um sorriso,
    quando estamos caidos demais.
    Então a mágica se faz e
    brota o riso e até mesmo
    o gargalhar entre lágrimas.

    E o amigo sincero chora junto,
    abre seus braços enormes e nos afaga,
    manda calorosos beijos,
    como a dizer:
    - veja.. voce não está só,
    eu estou aqui..
    ainda que longe físicamente,
    mas muito perto do teu coração.

    E assim vamos sopesando a vida,
    que se torna leve e suportável,
    quando a nossa carroça da amizade
    está repleta de amigos;
    que se consideram apenas pessoas
    sujeitas a acertos e erros
    e têm a certeza de que serão acolhidos,
    em qualquer momento da caminhada,
    nas quatro estações do ano,
    nas vinte e quatro horas do dia,
    no instável cotidiano,
    na saúde e na doença,
    na tristeza e na alegria,
    pois Deus atua
    através do amigo sincero e leal,
    unindo a todos
    numa imensa ciranda de amorosidad

    ResponderEliminar
  2. A arte de envelhecer
    Conta um jovem universitário que no seu primeiro dia de aula o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que ainda não conheciam.

    Ele ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente o ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.

    Ela lhe falou sorrindo: Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço?

    O moço riu e respondeu com entusiasmo: claro que pode!

    Ela lhe deu um abraço muito forte.

    Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente? Perguntou-lhe o rapaz.

    Rindo, ela respondeu: estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos e, logo me aposentar e viajar.

    Eu falo sério, disse seu jovem colega. Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade.

    Rose respondeu gentil: sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter.

    Depois da aula ambos caminharam juntos por longo tempo e se tornaram bons amigos.

    Todos os dias durante os três meses seguintes saíam juntos da classe e conversavam sem parar.

    O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.

    Durante o curso, Rose se fez muito popular na universidade. Fazia amizades onde quer que fosse.

    Gostava de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.

    Ao término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia ela deu a todos uma lição inesquecível.

    Logo que a apresentaram ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos.

    Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
    Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem. Assim, permitam-me, simplesmente, dizer-lhes o que sei.

    Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou:

    Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.

    Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.

    Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.

    Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.

    Há tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem!

    Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo se converterão em pessoas de vinte anos.

    Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos.

    Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer encontrando sempre a oportunidade na mudança.

    Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos mas do que não fizemos.

    E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso.

    Terminou seu discurso cantando "A rosa". Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas.

    Rose terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranquilamente enquanto dormia.

    Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.

    Pense nisso!

    O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferecem.

    Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.

    Pense nisso!

    ResponderEliminar